Execução Bancária: Como proteger seu patrimônio e resolver dívidas em casos de Superendividamento Bancário

A execução bancária é uma dos processos mais preocupantes que uma pessoa ou empresa pode enfrentar ao lidar com instituições financeiras. 

Quando um contrato de empréstimo ou financiamento não é pago, os bancos podem iniciar um processo de execução para recuperar o valor devido, o que pode resultar na penhora de bens e até mesmo valores bloqueados na conta bancária.

Neste artigo, vamos explicar em detalhes como funciona a execução bancária, quais são os direitos do devedor e como evitar a penhora de bens, inclusive em casos de Superendividamento Bancário. 

Além disso, destacamos a importância de contar com um advogado especializado em execução bancária para garantir a melhor defesa possível.

O que é a Execução Bancária?

A execução bancária é o processo pelo qual o banco busca recuperar uma dívida não paga é um processo judicial movido pelo banco ou instituição financeira para garantir o pagamento de uma dívida inadimplida, utilizando a justiça ou métodos extrajudiciais.

Execução Judicial: O banco entra com uma ação na justiça para cobrar o valor devido, podendo solicitar medidas como o bloqueio de contas e a penhora de bens.

Execução Extrajudicial: Neste caso, o banco busca resolver a dívida diretamente com o devedor, sem a necessidade de uma ação judicial.

É comum em contratos com garantias, como alienação fiduciária, onde o bem pode ser retomado sem a intervenção imediata da justiça.

 Como Evitar a Penhora em Execução Bancária

A penhora é uma medida judicial que ocorre quando o devedor não paga sua dívida e o credor, no caso um banco, busca recuperar o valor por meio da apreensão de bens do devedor. É importante destacar que a penhora só pode ocorrer em processos judiciais, ou seja, quando a dívida é levada à justiça e o banco consegue uma ordem judicial para apreender bens.

Na execução extrajudicial, a penhora não é permitida. Nesse caso, o banco pode usar outros meios de cobrança, mas não pode apreender bens sem o respaldo de uma decisão judicial.

No processo de execução judicial, se o devedor não paga a dívida, o banco pode solicitar à justiça a penhora de bens como imóveis, veículos ou valores em contas bancárias. Esses bens podem ser leiloados para garantir o pagamento da dívida.

No entanto, existem formas de evitar a penhora:

  • Embargos à Execução: O devedor pode contestar judicialmente o processo de execução, apontando irregularidades, como juros abusivos ou cláusulas contratuais ilegais. Se os embargos forem aceitos, a penhora pode ser suspensa.
  • Impenhorabilidade de Bens: Alguns bens, como o bem de família (único imóvel residencial), são protegidos por lei e não podem ser penhorados para o pagamento de dívidas, a menos que tenham sido oferecidos como garantia, como em uma hipoteca.
  • Negociação da Dívida: Antes que a execução chegue ao ponto da penhora, é possível negociar diretamente com o banco, buscando alternativas como parcelamento ou a redução dos juros. A negociação pode evitar que o processo avance para a apreensão de bens.

O sucesso dessas estratégias depende de um profundo conhecimento das leis e dos procedimentos relacionados à execução bancária. Por isso, é imprescindível contar com um advogado especializado na área, que possui a expertise necessária para identificar oportunidades de defesa, evitar erros que possam comprometer o processo e adotar as medidas mais adequadas para proteger seu patrimônio de forma eficaz. (obs: fazer um trabalho de “linguagem” para demontrar “evitar erros”)

 Renegociação de Dívida Bancária

Outra forma eficaz de evitar a penhora e resolver a execução bancária é por meio da renegociação da dívida. Esse processo pode ser iniciado tanto antes quanto durante a execução, e envolve a negociação de novas condições de pagamento diretamente com o banco. A renegociação pode incluir:

– Redução dos juros: Em muitos casos, é possível revisar a taxa de juros cobrada e reduzir o valor total da dívida.

– Parcelamento: O banco pode aceitar um novo prazo para o pagamento, com condições mais acessíveis para o devedor.

– Suspensão Temporária da Execução: Durante a negociação, é possível obter a suspensão temporária do processo de execução, dando mais tempo ao devedor para organizar suas finanças e evitar a penhora.

O que é o Superendividamento Bancário?

Uma das questões que estão diretamente relacionadas com as execuções bancárias diz respeito ao Superendividamento. 

O Superendividamento se configura quando uma pessoa compromete grande parte de sua renda para sanar dívidas com credores.

Muitas vezes, as pessoas não conseguem pagar contas básicas do dia a dia e comprometem sua subsistência em situações de superendividamento bancário. 

Como visto, dívidas bancárias podem ocasionar em execuções, desta forma, quando uma pessoa está superendividada, pode sofrer a consequência com várias execuções bancárias em simultâneo. 

Neste sentido, é necessário buscar uma medida que vise o tratamento do Superendividamento, buscando uma repactuação completa das dívidas, evitando uma série de execuções bancárias que podem comprometer todo o patrimônio do devedor. 

A Anzoategui Advogados é especialista em ações de Superendividamento Bancário, sendo que se você possui um conjunto de dívidas e financiamentos, ou compromete boa parte de seu orçamento mensal para o pagamento de dívidas, pode nos contactar para buscar soluções adequadas. 

Recomendamos também que confira nossos artigos sobre o Superendividamento Bancário:

Desta forma, o escritório fica à disposição para sanar quaisquer dúvidas de consumidores que possam estar enfrentando o Superendividamento Bancário. 

A Importância de um Advogado Especializado para Evitar Erros em Processos de Execução Bancária

Muitos devedores podem considerar que qualquer advogado está apto a representá-los em um processo de execução bancária. Contudo, é importante ressaltar que essa área apresenta particularidades e desafios que demandam um conhecimento técnico especializado. 

A execução bancária e o Superendividamento Bancário envolvem questões jurídicas específicas, como a análise criteriosa de contratos e a aplicação de estratégias processuais que requerem experiência prática.

Advogados com experiência em execução bancária estão aptos a:

  • Analisar contratos bancários complexos: Compreender as particularidades contratuais é fundamental, sobretudo para identificar eventuais abusos, como a cobrança de juros indevidos ou cláusulas que possam ser contestadas judicialmente.
  • Aplicar as estratégias de defesa adequadas: O advogado especializado saberá quando e como utilizar embargos, impugnações ou outros recursos previstos em lei, garantindo que os direitos do devedor sejam preservados e maximizando as chances de êxito no processo.
  • Conduzir negociações com instituições financeiras: A familiaridade com o setor permite que o advogado possa intermediar negociações com o banco, obtendo condições mais favoráveis para o cliente e, quando possível, evitando medidas mais drásticas, como a penhora de bens.

A ausência de um profissional especializado pode resultar em consequências graves, levando à perda de oportunidades processuais importantes, que poderiam proteger o patrimônio do devedor ou até reduzir substancialmente o valor devido.

A atuação de um advogado com expertise em execução bancária é essencial para assegurar que todos os direitos legais sejam resguardados e as soluções mais adequadas sejam implementados, e, sobretudo, evitar erros que poderiam prejudicar o andamento do processo.

Sobre o advogado Orlando Anzoategui Junior

Advogado graduado pela Universidade Estadual de Maringá em 1994, pós-graduação em Direito pela Universidade Federal de Santa Catarina, com especialização em Direito Financeiro, Bancário, Imobiliário, Sistema Financeiro da Habitação e Urbanístico. Presidente da Comissão da Habitação e Urbanismo OAB-PR (2004-2006). Autor de diversos artigos e palestras.   

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *